60 anos depois da crise dos mísseis de Cuba, ameaça de guerra nuclear nunca foi tão grande
Telescópio Espacial James Webb é lançado com sucesso
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Em 25 de dezembro de 2021, foi lançado pelo foguete Ariane 5 da Guiana Francesa o Telescópio Espacial James Webb. Trata-se do maior telescópio espacial já construído: sua massa é de 6,5 toneladas, possui 5 camadas protetoras térmicas de 21 metros de comprimento por 14 metros de largura e um conjunto de 18 espelhos hexagonais de ouro com 6,5 metros de diâmetro.
Concebido pelas agências espaciais americana (NASA), europeia (ESA) e canadense (CSA), o James Webb levou 25 anos para ser desenvolvido a um custo de 10 bilhões de dólares. Espera-se que funcione por 10 anos.
Em ano marcado por eventos climáticos extremos, relatório da ONU aponta para efeitos irreversíveis do aquecimento global
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Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), publicado em 9 de agosto, mostrou que o ser humano é o responsável por 1,07˚C do 1,1˚C no aumento da temperatura média do planeta desde 1850, quando se considera que se iniciou a era industrial. Caso as emissões de gases de efeito estufa não diminuam, particularmente do gás carbônico (CO2) e do metano (CH4), o aquecimento global pode chegar a 4,4˚C até o final do século.
O relatório mostrou que aquecimento global tem como causa a ação humana. Apesar de a temperatura da Terra ter aumentado em média 1,1˚C desde 1850, sobre os continentes esse aumento foi de 1,6˚C. (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=uD7FCs4XM1M) |
Equipe brasileira no IPCC. A professora Thelma Krug, do INPE, no alto à direita, é a vice-presidente do IPCC. (Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=uD7FCs4XM1M) |
Galileu, o movimento da Terra e o princípio da relatividade
A 1ª lei de Newton – Inércia
O eclipse de Sobral (1919) e a visita de Einstein ao Brasil (1925)
Schenberg e os neutrinos do Processo Urca
Mário Schenberg (1914 – 1990) foi amigo e incentivador de poetas e artistas, e um dos críticos de arte mais respeitados do país. Para o pintor Volpi, em 1944, escreveu a apresentação do catálogo de sua primeira exposição, enquanto Haroldo de Campos dedicou-lhe um poema e Gilberto Gil uma música.
Porém, Schenberg foi também, segundo Einstein, “uma das dez personalidades da física do século 20” (Leão, 2014). Publicou mais de 100 artigos em revistas científicas sobre raios cósmicos, astrofísica, mecânica quântica e geometria, entre tantos outros assuntos, e trabalhou com os mais importantes físicos de sua época, como Fermi, Pauli e Gamow. O físico brasileiro assinava seus trabalhos como Mário Schönberg.
Acima de tudo, Schenberg foi capaz de unir de tudo um pouco. “Não gosto muito de separar as coisas da vida” (Schenberg, 1984, p. 145), ele dizia. “Acho que tudo é uma coisa só. A vida não se separa em ciência, em atividade política, em atividade filosófica, ou outras coisas” (idem).
Além de físico e crítico de arte, foi por duas vezes deputado estadual pelo Partido Comunista Brasileiro, em 1946 e 1962. Intelectual engajado, participou ativamente da “discussão dos problemas políticos do Brasil” (Schenberg, 2001, p. 208), tendo iniciado a campanha do “O petróleo é nosso”, em São Paulo e se colocado contra o acordo nuclear Brasil-Alemanha durante a ditadura militar.
Essa capacidade de síntese de Schenberg, fruto da “intuição” (idem, p. 160), como ele dizia, expressou-se também em muitos de seus trabalhos em física, particularmente em sua tentativa de unificar a mecânica quântica, o eletromagnetismo e a relatividade geral. Antes, isso também aconteceu quando Schenberg relacionou o “problema das supernovas” – a explosão de estrelas supermassivas – com o neutrino, no processo que ficou conhecido como processo Urca.