Sobre terapias alternativas, astrologia e mais

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I. Sobre o oferecimento de terapias alternativas pelo SUS


Em Janeiro de 2017
Da página do ministério da saúde: http://www.brasil.gov.br/saude/2017/01/sus-passa-a-oferecer-terapias-alternativas-para-a-populacao

Em Março de 2018
Reportagem do Jornal Nacional: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/03/sus-passa-oferecer-mais-dez-tipos-de-tratamentos-alternativos.html
Artigo da Folha: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/03/sus-inclui-dez-novas-terapias-alternativas-como-a-de-florais.shtml
Prós e contras o uso de terapias alternativas no Nexo, inclusive com um trecho sobre o fim da prática da homeopatia no Royal London Hospital for Integrated Medicinehttps://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/13/A-inclus%C3%A3o-de-novas-terapias-alternativas-ao-SUS.-E-o-debate-na-medicina

Artigo do El Pais sobre "o homem que derrubou as terapias alternativas como ciências":https://brasil.elpais.com/brasil/2015/12/26/ciencia/1451149669_854409.html



II. Sobre a homeopatia

Vídeo do Canal Nerdologia:



III. Sobre a astrologia

Vídeo do Canal Nerdologia sobre astrologia: 

Vídeo do Carl Sagan sobre astrologia:

Sobre a influência da Lua no nascimento de bebês:

Artigo sobre empresa Chinesa que não contrata profissionais de escorpião e virgem: https://catracalivre.com.br/geral/inusitado/indicacao/empresa-chinesa-nao-contrata-profissionais-de-escorpiao-e-virgem/

IV. Sobre o movimento anti-vacinação e a redução da cobertura vacinal no Brasil 

Sobre  a origem do movimento anti-vacinação: 
Vacinar é uma das formas mais efetivas e de menor custo para reduzir a mortalidade infantil, conforme a Organização Mundial da Saúde. No entanto, Europa, Estados Unidos e, aos poucos, Brasil, precisam lidar com uma pedra no sapato: pais que se recusam a vacinar as crianças. A escolha, aparentemente individual, afeta todo mundo: a lógica da vacina é que imunizar uma população impede que o vírus se propague. Portanto, quanto mais pessoas vulneráveis, mais chances o agente invasor tem de causar doenças.'Natureba'. Mas se antes o movimento antivacina era encampado por religiosos ou conspiradores contra a indústria farmacêutica, hoje ele está cada vez mais “natureba”. O esforço agora também é contra a “artificialidade” da vacina, que desregularia o sistema imunológico da criança a partir de um remédio não natural (na verdade, a vacina é feita com agentes encontrados na natureza).Em 1998, ele [Wakefield] espantou a comunidade científica com um estudo publicado na prestigiadíssima revista científica The Lancet. Ele analisou 12 crianças portadoras de autismo, das quais oito manifestaram os primeiros sintomas da síndrome apenas duas semanas após tomarem a tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. Conforme Wakefield, o sistema imunológico delas entrou em “pane” após os estímulos “excessivos” da vacina ao sistema imunológico. Resultados: inflamação do intestino que levaria toxinas ao cérebro. Os resultados apareceram em jornais e tevês do mundo inteiro.Wakefield, no entanto,  pouco a pouco começou a ser desmascarado. Uma série de investigações descobriu que algumas crianças voluntárias do estudo haviam sido indicadas por um escritório de advocacia que queria entrar com ações contra a indústria farmacêutica. Em 2010, a The Lancet retirou o estudo de seu site. No mesmo ano, o Conselho Britânico de Medicina cassou a licença de Wakefield e ele não pôde mais atender pacientes no Reino Unido. Mas o estrago havia sido feito. Nos Estados Unidos, por exemplo, o sarampo atingiu 189 pessoas em 2013, após estar erradicado há quase 15 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Para controlar o estrago, vários estados não permitem a matrícula de alunos sem a apresentação da carteira de vacinação completa. 
No Brasil:
Embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente, vêm ganhando força no País grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios. Esses movimentos estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas. No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas.
Sobre a redução da taxa de vacinação no Brasil:
Os números do Ministério da Saúde que têm chamado a atenção do País recentemente foram usados em sinal de alerta pelas organizações. É o caso da cobertura da vacina tríplice viral (contra sarampocaxumba e rubéola), que estava estável e próxima a 100% no Brasil até 2014, mas baixou para 96,1% em 2015 e seguiu em queda, passando para 95,4%, em 2016, e apenas 85% no ano passado.Outro exemplo é o da pólio, doença erradicada no Brasil, que teve uma queda de 95% de crianças imunizadas em 2015 para 84,4% em 2016, chegando a apenas 78,5% em 2017.Também houve queda na cobertura da DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Estava acima de 90% até 2015. Caiu para 89,5% em 2016 e 78,2% em 2017. Em todos os casos, considera-se uma proteção adequada quando a cobertura está em 95%. Abaixo disso, há risco de retorno das doenças.
Sobre a responsabilidade dos pais:
O Ministério Público gaúcho divulgou recentemente vídeo nas redes sociais, fazendo alerta aos pais e responsáveis sobre a importância e as consequências legais para quem negligencia as recomendações de imunização das crianças. Segundo o órgão, os pais poderão ser multados e até perder a guarda se a criança não for vacinada.
V. Mais


Reportagem no Estadão sobre o mais recente congresso de "terraplanistas": http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,convencao-de-terraplanistas-define-que-gravidade-nao-existe,70002291629
(...) os participantes da convenção definiram, entre outras coisas, que a gravidade não existe."Minha pesquisa destrói a cosmologia do Big Bang. Ela apoia a ideia de que a gravidade não existe e a única grande força da natureza é o eletromagnetismo", disse David Marsh, que no dia-a-dia trabalha como gerente em um posto de saúde, durante a convenção. Segundo o jornal The Telegraph, Marsh fez experimentos no seu jardim analisando o movimento da Lua com uma máquina fotográfica e um aplicativo no celular e chegou à conclusão que refuta a teoria elaborada por Isaac Newton em 1686.(...) Um dos pontos mais debatidos nos três dias do encontro e que não se chegou a um consenso é o formato da Terra. Alguns afirmam que ela é um círculo envolto em paredes de gelo; outros, que é um domo fechado; e uma terceira corrente acredita que a Terra é formada por uma série de anéis interligados. O único consenso é que a Terra redonda, proposta inicialmente por Pitágoras no século 6 antes de Cristo, é uma mentira globalista.
Sobre a possível extinção do rinoceronte branco: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/11/so-restam-tres-rinocerontes-brancos-do-norte-no-planeta.html

Aos 42 anos, Sudan não consegue dar uma volta no parque sem ter em sua cola a companhia de três guarda-costas armados com escopetas e rifles semiautomáticos. Equipados também com GPS, óculos de visão noturna e roupas camufladas, os seguranças não lhe dão sossego: ficam ao seu lado 24 horas por dia, sete dias por semana. Engana-se quem pensa que Sudan é um bilionário com medo de sequestro ou uma pessoa que vive num programa de proteção a testemunhas. Trata-se do último macho conhecido do rinoceronte-branco do norte.
A situação é ainda mais dramática quando comparada ao passado. No início do século 20 existiam 500 mil rinocerontes na África e na Ásia. Na década de 1970 esse número caiu para pouco mais de um décimo disso e chegou a 29 mil rinocerontes este ano. No Vietnã, eles foram considerados extintos em 2010.
A atual onda de matança dos rinocerontes teve origem em 2010, quando um político vietnamita disse que havia se curado de um câncer com o pó do chifre desse animal. De lá para cá, o preço do produto no mercado negro disparou. Mas o uso do pó de chifre de rinoceronte para tratar doenças não é recente. Há pelo menos 2 mil anos a medicina tradicional asiática diz que ele é capaz de tratar uma miríade de enfermidades, entre elas febre, doença cardiovascular, impotência e até ressaca. Em geral, o pó do chifre é raspado, misturado com água e bebido pela pessoa. Dizem que não tem gosto muito marcante.Apesar de a ciência nunca ter comprovado essas propriedades todas, até hoje é possível encontrar em livros de medicina asiáticos referências ao seu poder de cura. O que poucos sabem é que o chifre de rinoceronte é feito de queratina, uma proteína fibrosa encontrada na unha e no cabelo humanos. Ou seja, supostamente comer cabelos ou unhas teria o mesmo efeito terapêutico de usar o pó do chifre de rinoceronte. Ou seja, nenhum.
Sobre a morte de Sudan, em março de 2018: 

A ciência contra a anti-ciência: 
O rinoceronte-branco do norte está funcionalmente extinto. Com a morte de Sudan, o último macho da espécie, em março deste ano, restam apenas duas fêmeas vivas, Najin e Fatu. Mas dos laboratórios do Instituto Leibniz de Pesquisas em Zoológicos e Vida Selvagem, em Berlim, surge uma esperança para a recuperação do animal condenado a desaparecer do planeta. Usando técnicas de reprodução in vitro, os pesquisadores foram capazes de criar, pela primeira vez, embriões híbridos com óvulos de rinocerontes-brancos do sul e esperma de rinocerontes-brancos do norte.

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